Hipoxemia: Falta de oxigenação no sangue, e os riscos que causa a saúde

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Hipoxemia: Falta de oxigenação no sangue, e os riscos que causa a saúde

A falta de oxigenação no sangue, ou hipoxemia, é a condição em que se tem uma baixa concentração de oxigênio no sangue. Esse é um fenômeno grave, que pode ocorrer tanto em emergências médicas quanto em situações pulmonares crônicas e/ou avançadas.

Assim, neste artigo, iremos responder às principais perguntas tanto de pacientes que querem melhorar quanto de familiares que desejam cuidar melhor. Continue a leitura!

Por que uma pessoa fica com oxigenação baixa no sangue?

O principal mecanismo da hipoxemia é pela falta de passagem de oxigênio dos pulmões para o sangue, devido a problemas nos alvéolos pulmonares. Isso ocorre em pneumonias bacterianas, em que há preenchimento do tecido pulmonar por pus, bem como em pneumonias por vírus. 

Esse mecanismo também ocorre em quadros de descompensação cardíaca, renal ou hepática, em que há o acúmulo de líquido no corpo e nos pulmões preenchendo os alvéolos de água, impedindo assim a difusão do gás para dentro do sangue. Isso pode ocorrer de forma semelhante em fibroses pulmonares, câncer com acometimento pulmonar, derrames pleurais, entre outros. 

Outro mecanismo de hipoxemia é a alteração dos vasos pulmonares e a perfusão dos pulmões. Com isso, o sangue tende a perfundir em áreas pouco ventiladas, acarretando o mal funcionamento do sistema respiratório. Isso ocorre em embolias pulmonares e em condições que geram hipertensão pulmonar. 

Além desses, outro mecanismo de oxigenação baixa comum é a hipoventilação. Isso significa que o problema principal ocorre pela diminuição de uma inspiração e expiração adequada, ou seja, um volume reduzido de ar que entra e sai dos pulmões. Esse fenômeno acontece com maior probabilidade em pessoas com obesidade mórbida, pacientes com síndromes de apneia obstrutivas do sono, doenças neuromusculares e em quadros de DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica). 

Quais são os sintomas de uma pessoa com hipoxemia?

A depender da patologia que causa a doença, pode ocorrer de forma aguda (minutos e/ou horas) ou de forma crônica (meses ou anos). 

Na forma aguda, a pessoa pode sentir falta de ar extremamente incapacitante, palpitação cardíaca, tontura e desmaio. Em casos mais graves, pode levar a crises convulsivas, parada cardíaca e até mesmo a óbito.

Já nos casos crônicos, o corpo tende a se acostumar com a condição e raramente ocorre taquicardia. Como a doença evolui de forma progressiva, a hipoxemia causa falta de ar ao caminhar ou tomar banho, por exemplo. Tanto em casos agudos como crônicos, um sinal importante é a cianose, que é a coloração arroxeada/azulada das mucosas visualizada principalmente nos lábios e nas pontas dos dedos. 

Em condições crônicas, ocorre também o baqueteamento digital, que é uma deformidade das pontas dos dedos que deixa as unhas arredondadas, semelhantes a um vidro de relógio. 

Quais os exames solicitados para identificar a oxigenação baixa no sangue?

Uma forma simples para a detecção da hipoxemia é a oximetria de pulso, por meio de um oxímetro de dedo. O aparelho pode ser comprado em drogarias ou pela internet. 

Trata-se de um dispositivo pequeno e não-invasivo, no qual o aparelho emite uma luz vermelha pelo dedo e tem um sensor de captação da luz remanescente, que computa a oxigenação no sangue após ser feito o processo algorítmico.  

Além disso, o exame confirmatório para a oxigenação é a gasometria arterial. Neste caso, trata-se de um exame de sangue com punção de uma artéria que fornece a mensuração do oxigênio em milímetros de mercúrio (mmHg), bem como outros parâmetros como pH, excesso de base, e pressão do dióxido de carbono. 

Qual é o tratamento da hipoxemia?

O tratamento da hipoxemia é a suplementação de oxigênio e a reversão do quadro que a originou. 

A suplementação de oxigênio é particularmente importante nas emergências médicas, uma vez que a falta de oxigenação no sangue pode ser fatal. Em ambientes hospitalares, isso pode ser oferecido por cateter de O2, máscaras reinalantes ou por ventilação mecânica. 

Em casos crônicos, a principal meta é evitar complicações cardíacas relacionadas ao regime de hipoxemia a longo prazo e trazer alívio da falta de ar. Os principais dispositivos de suplementação de oxigênio consistem em cilindros de O2, concentradores de O2 e oxigênio líquido. 

Nos casos específicos de hipoventilação por obesidade e por doenças neuromusculares, o uso de ventiladores do tipo Bipap são utilizados para reversão do quadro. 

 

Referências:

Lipnick MS, Feiner JR, Au P, Bernstein M, Bickler PE. The Accuracy of 6 Inexpensive Pulse Oximeters Not Cleared by the Food and Drug Administration: The Possible Global Public Health Implications. Anesth Analg. 2016 Aug;123(2):338-45. doi: 10.1213/ANE.0000000000001300. PMID: 27089002.

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