Conheça o Covid longo: sintomas, causas e tratamento

A pandemia de Covid-19 está caminhando para o fim com a redução no número de casos e de morte devido à doença. Esse cenário se deve a chegada da vacina para a população. Apesar de não impedir a transmissão, ela faz com que os vacinados, em sua grande maioria, apresentam sintomas mais brandos e, formas menos graves da doença.

Além do COVID causar impacto no sistema de saúde pela doença per se, ele onera o sistema de forma adicional pela chamada Síndrome Pós-Covid. Não só para identificar essa complicação, mas também para tratar os sintomas que persistem por meses nos pacientes.

No texto de hoje, vou te explicar o que é, como deve ser diagnosticada e qual o tratamento adequado para ela.

O que é a Síndrome Pós-Covid?

A Síndrome Pós-Covid, também chamada de Covid Longo, é utilizada para designar aqueles pacientes que mesmo após o fim da infecção de SARS-CoV-2 seguem apresentando sintomas, sejam eles graves ou não.

Esse tipo de Síndrome já foi identificada em outros tipos de doenças virais, como a Gripe Espanhola. O paciente não tem mais o vírus ativo no corpo, mas segue apresentando sintomas. Nesses casos, em geral, não há risco à vida imediato, apesar de trazer complicações que podem ser perenes.

Ainda estão sendo estudados os motivos para apresentar o quadro, a teoria mais aceita por enquanto é que ela seja uma perpetuação de ativação do sistema imunológico de maneira anômala.

Já nos casos mais graves, os sintomas prolongados podem ser resultado de lesões causadas pelo vírus em diversas áreas do corpo, como coração, pulmão, pele, sistema nervoso central e músculos.

Como diagnosticar o Covid Longo?

Primeiramente, deve-se atentar para o diagnóstico correto do COVID, seja por exames virais ou exames sorológicos. Além disso, a temporalidade entre a data dos inícios dos sintomas e o início dos sintomas da Sd. Pós-COVID deve ser bem estabelecida.

Após o exame e se o paciente se enquadrar nesses critérios é confirmada a condição:

• Seguir com sintomas após 3 meses dos primeiros indícios da doença
• Ter a doença confirmada ou a suspeita
• Seguir com sintomas ou problemas de saúdes relacionados a ela por pelo menos 2 meses
• Não apresentar doença que justifique os sintomas

Quais os principais sintomas da Síndrome Pós-Covid

Os sintomas da Síndrome Pós-Covid vão desde incômodos até a doenças, os mais comuns são:

• Cansaço excessivo
• Perda de memória recente
• Tosse
• Sensação de falta de ar
• Perda de paladar e/ou olfato
• Dor de cabeça
• Nariz entupido
• Dificuldade para se concentrar
• Palpitações ou sensação de pressão no peito
• Diarreia

Eles podem surgir desde a fase inicial do Covid e manter-se mesmo após o paciente ser considerado curado, se manifestar após a doença como um sintoma novo ou ainda atuar de forma inconstante, ou seja, os sintomas se alteram, assim como sua intensidade.

Como variam e ainda não há uma causa identificada para a permanência desses sintomas, é indicado que o paciente passe um médico com experiência com COVID (pneumologista, infectologistas, otorrinolaringologistas, etc), pois esse profissional pode apontar qual o melhor tratamento e avaliar a necessidade de encaminhar o caso para um especialista para promover um tratamento mais assertivo.

Estou com suspeita de Covid Longo, posso me vacinar?

A recomendação é que todos completem o esquema vacinal, inclusive com as doses de reforço, pois a vacina previne não só casos mais graves, mas também a permanência dos sintomas que geram a Síndrome Pós-Covid.

A vacinação pode ser feita assim que o paciente passar pelo período de isolamento recomendado, já que não existe a preocupação de contrair a doença novamente logo após ela se manifestar. Em caso de dúvida, procure um médico.

Lembrando que a vacina não impede que a doença seja transmitida, ainda é importante manter os cuidados de higiene e distanciamento social.

Como evitar a Síndrome Pós-Covid?

Ainda não foi identificada uma forma para evitar a Síndrome Pós-Covid, o melhor método segue sendo não contrair a doença inicialmente. Ou seja, segue sendo recomendado o uso de máscaras, lavar as mãos e manter o distanciamento social, além de estar com a vacinação completa.

O que se sabe hoje sobre a Síndrome é que alguns grupos são mais suscetíveis a ela e devem estar ainda mais atentos.

• Mulheres
• Pessoas que têm asma
• Idosos, principalmente os com mais de 70 anos
• Pessoas que apresentaram mais de 5 sintomas na primeira semana da doença

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