Nos últimos meses, observou-se uma preocupação adicional na dispersão do vírus SARS-Cov-2 no Brasil e no mundo: a variante B.1.617, também conhecida como variante Delta.
Essa estirpe foi identificada no final de 2020, mas ganhou notoriedade principalmente pela alta capacidade de transmissão, mesmo em indivíduos já vacinados. Esse grupo infectou mais de 80 países e ocupa o primeiro lugar na proporção de variantes na maioria deles.
Neste blog, separamos as principais perguntas e respostas para poder informar você de forma correta. Confira!
Variante Delta – tudo o que você precisa saber sobre esse novo vírus
A variante Delta é mais perigosa? Ela é mais grave?
Sim, a variante Delta transmite pelo menos 2 vezes mais rápido que as variantes anteriores. Há uma discussão sobre se ela é ou não mais letal, mas alguns estudos canadenses sugerem que sim, ela é mais mortal e tem uma chance maior de internação hospitalar.
A vacina que eu tomei tem cobertura para a variante Delta?
Provavelmente sim. A vacina da Johnson& Johnson®, Pfizer®, Coronavac®, AstraZeneca® mostraram eficácia comprovada contra a variante delta. Apesar da eficácia, as vacinas apresentam proteção ligeiramente menor contra a nova variante.
Depois de vacinado, posso pegar o vírus? Posso parar de usar a máscara?
Sim. A vacinação diminui drasticamente a chance de ficar internado, de ter pneumonias graves e de morrer pelo vírus, mas não é uma proteção absoluta. Não há consenso se as pessoas vacinadas transmitem menos o vírus para outras pessoas, mas aparentemente sim. Enquanto a transmissão do vírus for alta e enquanto houver uma parcela da população não vacinada, as recomendações de distanciamento social e usar a máscara continuarão a ser estimuladas.
Tem tratamento específico?
Não há tratamento diferente entre as variantes de SARS-Cov-2.
Quais são os sintomas de infecção pela variante Delta?
De forma semelhante às outras variantes, os sintomas são coriza, tosse, falta de ar, dor no corpo, febre, alteração do paladar, alteração no olfato e diarreia.
Curiosidades da Variante Delta
Pela lei de Darwin, as espécies sofrem seleção natural. Dentre as variedades encontradas de cada espécie, aquelas que são mais adaptadas ao ambiente prosperam, enquanto as outras podem ser extintas. Com o vírus SARS-Cov-2 ocorre o mesmo.
As mutações que o vírus sofre no material genético em todas as cópias ao redor do mundo, permite que tenham muitas variantes. Algumas delas são mais adaptadas aos seres-humanos, ou seja, conferem alguma vantagem ao vírus. Essas variantes então, se multiplicam com velocidade maior que as outras e se sobrepõem sobre as outras.
A variante Delta (B.1.617) foi identificada pela primeira vez em outubro de 2020, na Índia, mas se alastrou pelo mundo e, hoje, ela já foi identificada em 77 países. Ela é a variante mais frequente nos Estados Unidos (mais de 80% dos casos) e no Brasil ela corresponde a cerca de 20% dos casos.
Há uma grande preocupação sobre uma nova onda que pode surgir com essa variante: estima-se que em setembro de 2021 possa haver um crescimento dos casos, segundo projeção feita por ferramenta da USP e UNESP.
Por essa razão, é muito importante que a população mantenha todos os cuidados para evitar ainda mais contaminações e em casos em que se suspeita o contágio buscar realizar o teste rapidamente e se isolar em resultados positivos.
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Bibliografia:
https://www.cdc.gov/