A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma condição debilitante que obstrui o fluxo de ar dos pulmões. Como resultado, dificulta a capacidade de realizar as atividades do dia-a-dia. Por isso, todos os anos, em novembro, comemora-se o Dia Mundial da DPOC.
Essa é uma data promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Ela visa justamente aumentar a conscientização sobre a condição pulmonar inflamatória crônica. O objetivo é promover uma maior compreensão da doença e um melhor atendimento aos pacientes em todo o mundo.
Dessa forma, é uma data fundamental para falarmos sobre saúde pulmonar e, é claro, a própria doença pulmonar obstrutiva crônica. Isso inclui seu diagnóstico, tratamento e relação com o tabagismo. Além de ressaltar a importância da realização de consultas e exames periódicos para o diagnóstico precoce.
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A doença pulmonar obstrutiva crônica atinge cerca de 6 milhões de brasileiros. Entre eles, apenas 12% dos pacientes são diagnosticados e só 18% seguem o tratamento. Pelo menos essa é a estimativa da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), que nos mostra a importância de ter um dia mundial de conscientização da DPOC.
Mas do que se trata essa doença? Bom, a doença pulmonar obstrutiva crônica é caracterizada pelo estreitamento persistente das vias aéreas. Ocorre por bloqueio ou obstrução dos brônquios, que são os canais que levam o ar para dentro e para fora dos pulmões. Como resultado, dificulta a passagem do ar, reduzindo a capacidade de respirar.
Em geral, os sintomas são desagradáveis e começam a ser evidentes após os 40 ou 50 anos. Via de regra, a DPOC se instala depois que há um quadro de bronquite crônica, enfisema pulmonar ou ambos os distúrbios. Ela evolui progressivamente e aumenta o risco de morte. Felizmente, com um diagnóstico fechado, existe tratamento.
Existem diferentes causas para a doença pulmonar obstrutiva crônica. A principal delas, sem dúvidas, é o tabagismo. Inclusive, estima-se que 90% dos pacientes diagnosticados com DPOC sejam fumantes. Vale ressaltar, contudo, que outros tipos de fumo também contribuem para o problema, como exposição à fogão à lenha e a fumaças tóxicas no trabalho.
No mais, ainda é importante explicar que outras doenças e condições de saúde podem piorar o quadro clínico de um paciente. A doença de refluxo gastroesofágico, rinite alérgica e apneia do sono são alguma delas.
Na maioria das vezes, a doença pulmonar obstrutiva crônica demora para se manifestar. Os seus sintomas geralmente não aparecem até que ocorram danos pulmonares significativos. Em alguns casos, ela pode evoluir de modo mais rápido, levando não só à incapacidade por insuficiência respiratória, como também à óbito.
O principal sintoma é a falta de ar. Ela começa bem discreta, mas progride e se torna cada vez mais frequente. Outros sintomas ainda incluem:
Todos eles costumam surgir de forma sutil e piorar com o passar do tempo, sobretudo se a exposição ao fumo continuar.
O diagnóstico da doença pulmonar obstrutiva crônica tem início ainda na consulta com o pneumologista. Primeiro, o médico fará a anamnese. Isto é, uma série de perguntas para revisar seus sinais e sintomas, seu histórico médico e familiar e discutir qualquer exposição que você teve a irritantes pulmonares, especialmente fumaça de cigarro.
Durante a consulta, o pneumologista também faz uma avaliação clínica por meio de um exame físico que inclui verificar sua pressão arterial e pulso, examinar seu nariz e garganta; verificar se há inchaço nos pés e tornozelos; e ouvir seu coração e pulmão.
Além disso, é bem provável que o médico solicite exames complementares para poder fechar o diagnóstico. Os métodos de imagem e recursos específicos para esse tipo de investigação, nestes casos, costumam ser muito importantes. Como é o caso da radiografia de tórax e as provas de função pulmonar.
Quanto ao tratamento da DPOC, antes de mais nada é importante mencionar que a doença não tem cura, mas pode ser controlada. Como estamos falando de uma doença progressiva, a única forma de impedir o declínio da função respiratória é uma mudança no estilo de vida. Isso inclui, obviamente, parar de fumar.
No mais, o tratamento combina medicamentos e outras estratégias para melhorar a qualidade de vida do paciente. Em geral, usam-se broncodilatadores em forma de spray (bombinhas). Eles atuam contra o estreitamento dos brônquios, relaxando a musculatura brônquica. Além disso, em casos mais avançados da doença, o uso domiciliar de oxigênio pode aliviar a falta de ar.
Se houver infecção, o pneumologista também pode receitar o uso de antibióticos por período limitado. Por fim, técnicas fisioterápicas de reabilitação respiratória são indicadas para reduzir os sintomas e limitações impostas pela doença. Assim, melhorando a qualidade de vida do paciente.
Agora que você já sabe um pouco mais sobre a doença pulmonar obstrutiva crônica, que tal continuar no blog e descobrir se o cigarro eletrônico é melhor ou pior para o pulmão? Além disso, se você deseja saber mais sobre a saúde pulmonar, DPOC e a sua relação com o tabagismo, agende sua consulta com o Dr. Ramiro Sienra.
O Dr. Ramiro é um médico pneumologista especializado que tem a missão de oferecer os melhores cuidados à sua saúde. O atendimento é humanizado e prioriza o bem-estar de cada paciente.